Esse maravilhoso ditado japonês, que é
uma filosofia de vida, resume esse texto.
A maior parte dos livros e/ou cursos de auto-ajuda
são de ou baseados em autores americanos, cuja
sociedade absorveu bem melhor este ensinamento, e não
tocam no assunto. O maior problema das famílias,
empresas, enfim, de toda a sociedade brasileira é
o excessivo paternalismo que rege as relações
existentes.
Se observarmos as histórias da Argentina e Brasil,
veremos que na primeira metade do século passado,
eram países evoluídos, comparáveis
às grandes nações européias.
A derrocada e o empobrecimento de suas sociedades começou
a partir de governos populistas, que diziam e talvez
pretendiam resolver todos os problemas de seus povos.
Na Argentina, depois de Perón e sua musa Evita,
a classe média, que é o sustentáculo
da economia de qualquer país desenvolvido empobreceu
rapidamente. O Brasil teve como ditador e presidente
durante quase vinte anos o “pai dos pobres”.
Ora, se os pobres precisavam ter um pai, então
esse pai não só não queria que
eles saíssem dessa condição, mas
também aumentassem em número para apoiá-lo
majoritariamente.
O governo atual segue, novamente, esse caminho, através
do aumento excessivo de impostos e do controle tudo
impondo uma enorme burocracia. Quer todos os recursos,
no entanto os gere de uma forma muito pior do que, se
continuassem nas mãos das pessoas que os produziram.
O paternalismo, a corrupção e o péssimo
emprego do dinheiro público nos levarão,
nos próximos anos, a uma situação
insustentável, muito parecida com a que tivemos
no começo dos anos noventa. O enorme desemprego
é causando, principalmente, pela legislação
trabalhista ultrapassada e super paternalista, ao contrário
do que dizem os burocratas do governo, que nunca se
preocuparam nem em registrar seus empregados domésticos.
Com certeza, ficaremos a margem do desenvolvimento global.
A economia americana, através da redução
de impostos e exigências legais para as empresas,
continua crescendo o equivalente ao PIB (Produto Interno
Bruto) do Brasil, por ano.
Se estudarmos a biografia dos grandes líderes,
verificaremos que a maior parte deles teve pais muito
severos. Não queremos chegar a tanto, mas o maior
patrimônio que devemos deixar a nossos filhos
não são bens materiais, mas sim, educá-los
de forma com que tenham condições de enfrentar
qualquer situação. Para isso é
necessário que tenham uma boa estrutura emocional
e cultural, o que os levará a serem felizes e
despreocupados.
Na empresa ou no seu grupo de trabalho não seja
um pai-patrão, seja um líder, não
queira resolver todos os problemas, desde a unha encravada
da filha de seu colaborador, até o daquela auxiliar
que sempre gasta além do orçamento (esse
é outro problema cultural brasileiro).
Descentralize, faça com que todos tenham iniciativa.
Tenha e forneça as informações
necessárias, mantenha o controle da situação,
não se desgaste e intervenha quando for necessário.
“Não dê o peixe, ensine a pescar”
Devemos ter esse ditado sempre em mente. Nossas relações
de trabalho, familiares e pessoais evoluirão
de uma forma harmoniosa e tranqüila.
Aprofundarei mais esse assunto no próximo artigo,
pois cansei de ver empresas e relações
familiares se deteriorarem quando seus líderes
são excessivamente paternalistas.
Danilo Barossi Cury
TPD e Engenheiro de Produção
dbc@laboratorionicolau.com.br